quinta-feira, dezembro 28, 2006

Purple martin in Cuiabá



Andorinha-azul, Purple martin (Progne subis), é uma das espécies de aves que migram do Hemisfério Norte para o Brasil. Como as demais espécies de aves migradoras estas aves estão à procura da sobrevivência. No período que passam por Mato Grosso setembro a fevereiro é o período da explosão populacional de insetos um dos principais itens alimentares desta ave. Aqui ela pode ser observada no Pantanal propriamente dito, como também em várias cidades mato-grossense como Poconé, Cáceres (onde foram expulsas da praça), Nortelândia, Diamantino e Cuiabá. Geralmente agrupam-se em grandes bandos e usam as torres de transmissão de energia elétrica (como na foto feita no Parque Universitário em Cuiabá, onde cerca de 1200 a 1500 indivíduos por torre), torres de telefonia celular e praças arborizadas. Nestes locais muitas vezes elas formam bandos mistos com a andorinha-doméstica-grande (Progne chalybea) e a andorinha-do-campo (Phaeoprogne tapera). Ainda, não foi verificado o efeito do consumo de insetos por estas aves na nossa região, entretanto, nos locais aonde elas foram banidas começaram a aparecerem surtos de doenças transmitidas por insetos. Pode ter sido só mais um fator, aliado ao descaso pela saúde pública, aliás, fato muito praticado pelos nossos governantes.

sábado, dezembro 02, 2006



Maria-leque, Royal Flyatcher (Onychorhynchus coronatus), é uma das mais belas aves que ocorrem na Amazônia Matogrossense, o macho tem o penacho vermelho e na fêmea o mesmo é amarelo. Constitui um bom desafio para os observadores de ave, ver esta ave na natureza, que na maioria das vêzes passa desapercebida, por causa do seu hábito de ocultar-se nas folhagens. Estes exemplares fotografei nas matas do Vale de São Domingos-MT.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Vinícius nasceu



É com enorme satisfação que comunico o nascimento do meu filho, Vinícius no último dia 13 ás 05:00hs. Ele é fruto do imenso amor entre eu e a Soemia. Ele já pode ouvir o cantar do sabiá-laranjeira, ana-coca, trinca-ferro e joão-de-barro que todas as manhãs e as tardes vocalizam no nosso quintal. Estas aves nidificam nos quintais de Cuiabá, prestem bem atenção nos pés de mangueiras, cajueiros, pitombeiras, ximbuvas, sete-copas árvores muito comuns nos nossos quintais.

quarta-feira, novembro 08, 2006


O atropelamento nas rodovias, é uma das causas de declínio de algumas populações animais. Este fato acontece com freqüência nas rodovias brasileira. Em Mato Grosso, as aves de maior porte, são as principais vitimas de atropelamentos, dentre elas citamos a ema (Rhea americana) e a seriema (Cariama cristata). Aqui em Cuiabá, a velocidade máxima permitida na cidade é de 60km/h, entretanto, muitos motoristas circulam á mais de 100km/h. O resultado desta imprudência está no alto índice de mortes de seres humanos na grande Cuiabá. Os animais, também sofrem as conseqüências desta situação, a foto acima mostrar o que sobrou de um frango d’ água-azul (Porphyrio martinica), atropelado hoje na Av. Arquimedes Pereira Lima, no Bairro Jardim Universitário. Veja belas fotos do frango-azul ao vivo no Pantanal.

sexta-feira, novembro 03, 2006

A Doença de Newcastle em Mato Grosso e as Aves Migratórias

Foi confirmado, pelo Ministério da Agricultura, o primeiro foco da doença de Newcastle em Mato Grosso. Este foco foi localizado em uma criação de subsistência em Lambari do Oeste, cidade localizada à 327Km á oeste de Cuiabá. A grande pergunta é, como aconteceu a contaminação destas galinhas? A criação industrial de aves segue rígidas normas de biossegurança, a possibilidade de contaminação dessas criações é quase zero. O mesmo não acontece com os “criadouros de fundo de quintal”, estes últimos, estão sujeitos a todas as formas de contaminação. Por razões sanitárias, sócio-econômicas e culturais. Neste caso fica muito difícil saber como ocorreu a contaminação, porém, algumas hipóteses podem ser aventadas: a) aquisição de aves ou ovos contaminados; b) contato com aves contrabandeadas (domésticas ou selvagens); c) é costume nestes locais criar papagaios e periquitos e aves canoras; d) o aumento da população de pombos-domésticos é visível nas cidades; e) falta de assistência técnica para melhorar ás condições sanitárias dos pequenos criadores; f) a vigilância sanitária é precária ou inexistente, a região é próxima da Bolívia e o livre trânsito de pessoa, e seus pertences, poderiam levar ou trazer a doença; g) e o contato com aves migratórias contaminadas é uma possibilidade ainda que remota. Se considerarmos, à possibilidade da contaminação ter sido feita pelas aves migratórias como poderíamos afirmar isto categoricamente?. Ainda não existem estudos em Mato Grosso sobre as rotas de migração de aves. Nas rotas conhecidas não é realizados monitoramento, com capturas de aves migrantes ou não para testes sorológicos. Estes poderiam detectar possível presença de vírus e outros organismos nocivos aos animais domésticos e em alguns casos ao próprio ser Humano. Então é prematura, qualquer afirmação que coloque ás aves migratórias como vilãs deste fato. Aproveitando este momento, reitero á necessidade de investimentos no estudo das aves migratórias em Mato Grosso. A quantidade de recursos que os setores produtivos e o próprio Governo poderiam aplicar em pesquisas, é infinitamente inferior aos prejuízos advindo de uma real contaminação dos plantéis de frangos do Estado ou das notícias contraditórias, que funcionam como uma contra-propaganda da avicultura de Mato Grosso ou do Brasil.

terça-feira, outubro 31, 2006

Birds Voices of Alta Floresta


Acaba de ser lançado pelo Laboratório de Aves da Universidade de Cornell (EUA), um conjunto de 6 cds com 446 vocalizações das aves de Alta Floresta e sudoeste da Amazonia. Este é um trabalho resultante de anos de pesquisas dos Ornitólogos Curtis Marantz e Kevin Zimmer. Estas gravações auxiliará em muito o reconhecimento da nossa rica avifauna,treinamento de novos estudiosos e amantes da natureza. Os cds podem ser adquiridos através do site da Cornell, ou contactar Jennifer Smith jls39@cornell.edu

terça-feira, outubro 24, 2006

A voz do Cerrado

A Siriema (Cariama cristata), foi chamada pelo Sick de a voz do Cerrado. Esta ave por muito tempo foi o simbolo dos sertões do centro-oeste brasileiro. Hoje, com a expansão das monoculturas de soja algodão e cana-de-açucar fica cada vez mais dificil ouvir o seu canto. aqui vai a letra de uma canção popular muito apreciada nos rincões matogrossense.
Siriema (Nhô Pai/Mario Zan) ADDAF
Oh siriema de Mato Grosso
teu canto triste me faz lembrar
daqueles tempos que eu viajava
tenho saudade do teu cantar
Maracajú, Ponta-Porã
quero voltar ao meu tupã
rever os campos que conheci
a seriema eu quero ouvir

quinta-feira, outubro 19, 2006

Observando Aves no Pantanal






Cerca de 505 espécies de Aves ocorrem no Pantanal (Antas & Palo Jr., 2003; Tubelis & Tomas, 2003; Nunes & Tomas, 2004; Pinho, 2005; Oliveira, 2006). Isto torna o Pantanal área úmida (Wetlands) com maior riqueza de espécies de aves do Planeta. Cerca de 156 espécies destas aves são aves aquáticas. Aves aquáticas são aquelas associadas a ambientes aquáticos na maior parte de suas atividades, para satisfazer suas necessidades energéticas de dieta e reprodução (Waterbirds Conservation for the Americas, 2005). A maior dessas aves é o tuiuiu (Jabiru mycteria), ave símbolo do Pantanal e do Estado de Mato Grosso. Venho estudando esta ave desde 1985, principalmente no Pantanal de Poconé, onde continuo a realizar mapeamento e monitoramento dos ninhos, comportamento alimentar e reprodutivo.

terça-feira, outubro 17, 2006

Observando aves em Cuiabá

O municipio de Cuiabá atualmente possui área de 3.224,68Km quadradros, é a Capital do Estado de Mato Grosso. A área urbana corresponde a 251,94km e a Zona Rural de 2.972km. A cidade de Cuiabá possui vários unidades de conservação entre municipais e estaduais, nestes ambientes pode-se observar cerca de 220 espécies de aves. Como o pavãozinho (Eurypyga helias), este filhote foi fotografado por Dalci Oliveira na margem do Rio Coxipó do Ouro.